Estudos indicam impactos positivos na saúde cardiovascular, no intestino e na longevidade
O que muda no corpo ao reduzir ou parar de comer carne vermelha | Foto: ReproduçãoReduzir ou eliminar o consumo de carne vermelha pode provocar mudanças importantes no funcionamento do corpo e trazer benefícios à saúde, segundo pesquisas recentes. Embora seja uma fonte tradicional de proteína, a carne vermelha não é indispensável em grandes quantidades e pode ser substituída por outros alimentos nutritivos, dentro de uma dieta equilibrada e variada.
Pesquisas de longa duração conduzidas pela Escola de Saúde Pública de Harvard indicam que pessoas que consomem carne vermelha com frequência apresentam maior risco de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, além de menor expectativa de vida. Segundo a revista Harvard Health Publishing, cada porção diária adicional de carne vermelha aumenta o risco de morte em 13%, número que sobe para 20% quando se trata de carnes processadas, como bacon, linguiça e frios.

Segundo estudo, cada porção diária adicional de carne vermelha aumenta o risco de morte em 13% – Foto: karandaev/GettyImages
Benefícios para o organismo
De acordo com informações reunidas pelos sites Healthline e WebMD, dietas com baixo consumo de carne vermelha estão associadas a melhor controle do peso corporal e menor risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, câncer e problemas cardiovasculares. Além disso, ao priorizar alimentos de origem vegetal, o organismo passa a receber maior quantidade de fibras, vitaminas e antioxidantes.
A exclusão ou redução da carne vermelha costuma vir acompanhada de maior ingestão de frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Esse padrão alimentar favorece a saúde intestinal e estimula o crescimento de bactérias benéficas no intestino. Outro efeito observado é a redução da inflamação no organismo, já que carnes vermelhas, especialmente as processadas e ricas em gorduras saturadas, estão associadas a processos inflamatórios.
Outro benefício apontado por especialistas é a redução do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, fator de risco para doenças cardiovasculares. A diminuição do consumo de carnes processadas também está ligada à menor incidência de câncer colorretal e de mama, conforme apontam estudos epidemiológicos recentes.
Há riscos em parar de comer carne vermelha?
Segundo o WebMD, não existem grandes riscos associados à retirada da carne vermelha da dieta, desde que a proteína, o ferro e outros nutrientes sejam obtidos por meio de alternativas como leguminosas, peixes, aves, ovos, nozes e sementes. Caso essas substituições não sejam feitas de forma adequada, pode haver sensação de cansaço ou necessidade de ajustes nutricionais.
Especialistas afirmam que não é obrigatório eliminar completamente a carne vermelha, mas sim reduzir o consumo. A Harvard Health recomenda porções moderadas, em torno de 85 gramas, quantidade equivalente ao tamanho da palma da mão. Para carnes processadas, a orientação é limitar o consumo a uma ou duas pequenas porções ocasionais.
Adotar uma alimentação baseada majoritariamente em vegetais, com fontes variadas de proteína, é apontado como um caminho para melhorar a saúde geral e reduzir riscos a longo prazo.
