O Ministério da Saúde emitiu um alerta para as secretarias de saúde sobre a nova variante B.1.1.529, localizada na África do Sul. Segundo o documento, ainda não foi identificado nenhum caso no país com a nova cepa, batizada de ômicron, até esta sexta-feira (26).
O documento da pasta foi direcionado para a rede CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), que reúne o sistema de vigilância do país.
A rede tem o objetivo de identificar precoce e oportunamente emergências em saúde pública, para adoção de respostas adequadas que reduzam e contenham o risco à saúde da população.
O texto orienta que as redes façam a notificação imediatamente para a pasta quando houver casos suspeitos ou confirmados da nova cepa. Em casos suspeitos de viajantes oriundos de países com a circulação da variante, a pessoa deve ser monitorar por 14 dias quando apresentar sintomas da doença e 7 dias caso esteja assintomáticos.
“Notificar possíveis casos de infecção com a nova cepa variante ou variantes em circulação para SARS-CoV-2 de forma imediata pelo formulário de notificação imediata do MS, disponível em: https://forms.office.com/r/BGwZjYz9Mu , bem como junto aos CIEVS locais”, disse no documento.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sugeriu nesta sexta-feira (26) limitar a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A ideia é evitar que se espalhe no Brasil a nova variante da Covid-19 potencialmente mais transmissível, a B.1.1.529.
Os ministérios da Casa Civil, Justiça e Saúde vão decidir se acatam ou não as sugestões da Anvisa de controle sanitário de fronteiras. Como revelou a Folha de S.Paulo, o governo ignora desde o último dia 12 a sugestão da agência de adotar o “passaporte da vacina” para entrada por terra ou em voos internacionais no Brasil.
Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou fechar aeroportos, mas afirmou disse que uma nova onda do novo coronavírus está a caminho.
O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, cobrou nesta sexta-feira (26) que o governo passe a exigir o certificado de vacinação contra a Covid para a entrada no Brasil.
“Para evitar que no período de inverno do hemisfério norte, onde pessoas normalmente viajam de férias, e temos ainda a questão do dólar e do euro extremamente valorizados, que não venhamos a ter um turismo antivacina aqui no Brasil”, disse Barra.
Fonte: Folhapress