Teresina - PI, Sexta Feira, 22 de Novembro de 2024
Shadow

Municípios piauienses relatam dificuldade para fechar as contas de 2022

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre os dias 24 de outubro e 01 de dezembro revela a dificuldade financeira de algumas prefeituras do Piauí para o pagamento de despesas e conseguir fechar as contas em 2022.

Dos 84 prefeitos entrevistados, 34% informaram que estavam com atraso no pagamento de fornecedores, 19% admitiram que não conseguiriam fechar as contas até o final do atual exercício e cerca de 35% confirmaram que iriam deixar restos a pagar para o ano de 2023.

O prefeito de  Caridade do Piauí, Toninho Caridade (PSD), eleito presidente da APPM, avaliou que o cenário é resultado de uma disparidade entre o aumento das atribuições em comparação com o repasse de recursos.

De acordo com o gestor, muitos prefeitos precisam complementar o orçamento de programas federais, o que acaba por comprometer a capacidade financeira do municípios, inclusive com o pagamento de despesas e de investimentos.

“Se você pegar a questão da merenda escolar, por exemplo, o que os municípios recebem é irrisório para o que é gasto. Há um déficit que sai das contas municipais, do que precisamos tirar para cumprir uma obrigação que, por lei, era do governo federal”, ressaltou o prefeito.

Foto: Renato Andrade

Por outro lado, a grande maioria dos municípios que responderam aos questionários da pesquisa revelou equilíbrio nas contas públicas. Na avaliação de Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, isso é reflexo do adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Sabendo da dificuldade que as prefeituras enfrentam neste período, acumulando férias do magistério, décimo terceiro e o salário dezembro, foi que conquistamos esta política estruturante do adicional”, comentou o presidente da entidade.

Por fim, o levantamento ainda questionou qual a confiança dos prefeitos em relação à economia no próximo ano. 41% dos entrevistados revelaram boa perspectiva, 26% dizem acreditar na estabilidade e 29% disseram estar pessimista quanto a possíveis melhoras.

Para Toninho de Caridade, a expectativa de melhora financeira dos municípios passa por uma discussão do pacto federativo. “Enquanto não tivermos uma divisão mais justa do bolo tributário aos municípios e estados, não vamos superar esse deficit”, finalizou.

 

Breno Moreno (Com informações da CNM)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *