Teresina - PI, Domingo, 07 de Dezembro de 2025
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Série “Jornada Azul” tira dúvidas e combate estigmas sobre o diabetes


O segundo episódio falou sobre alimentação saudável para pessoas com diabetes

Em alusão ao mês de conscientização, diagnóstico e tratamento precoce contra a diabetes, a TV Cidade Verde (canal 5.2) estreou a série de entrevistas Jornada Azul: Viver com Diabetes. O programa, apresentado por Jeane Melo, reúne especialistas para tirar dúvidas e discutir sobre os estigmas e formas de conviver com a doença. Os episódios são transmitidos todo sábado, às 12h, reprisado aos domingos às 15h no canal 5.2 e durante a semana em horários diferentes.

No próximo sábado (15), o programa vai exibir o terceiro episódio que tratará sobre inovações no tratamento, a entrevistada será a presidente da sociedade de endocrinologia e metabologia – Piauí, Dra. Patrícia Melo.

Os dois primeiros episódios você também pode conferir no CVPlay.

Entenda mais sobre a doença

O programa iniciou explicando sobre a doença, os tipos e formas de tratamento, além de discutir sobre os estigmas em torno da doença de diabetes.

A médica endocrinologista, Lúcia Farias, falou sobre a doença, que é crônica e caracterizada por hiperglicemia – aumento de glicose (açúcar) no sangue. Para chegar ao diagnóstico, a médica informa que é necessário fazer uma dosagem de glicemia após um jejum de 8 à 12 horas. Após o exame, é verificado as taxas de glicemia no sangue que irão apontar se o paciente está diabético ou pré-diabético:

Taxa normal: menor que 100mg/dl

Taxa de pré-diabetes: 100 a 125mg/dl

Taxa de diabetes: maior que 126mg/dl

Em alguns casos, quando o teste de glicemia não é conclusivo, é requisitado o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), para confirmar o diagnóstico.

“É importante complementar a investigação e fazer outro exame. Algumas pessoas chamam de curva glicêmica, mas é um exame que é necessário porque confirma se está na categoria de pré-diabéticas ou diabéticas”, disse.

Foto: Reprodução

Dentre os tratamentos disponíveis para os pacientes são: dieta restrita, tratamento de obesidade, atividades físicas e uso de medicamentos, caso necessário.

A endocrinologista explica que há diversos variantes da doença, sendo os mais prevalentes:

  • Tipo 1: de natureza autoimune, pacientes com uma deficiência absoluta de insulina e possui uma dieta mais restritiva;
  • Tipo 2: mais comum, com um grupo de risco definido (pessoas obesas ou com histórico familiar e sedentários);
  • Diabetes gestacional: Ocorre quando a paciente gestante se enquadra no grupo de pessoas obesas e desenvolve a doença durante a gestação. Após o parto, as taxas voltam ao normal, mas corre o risco de contrair a doença ao longo da vida.

Em consultório, a médica explica que muitos recebem o diagnóstico como uma sentença, mas, na realidade, muitos conseguem seguir a vida normalmente, apenas com adaptações com a condição de saúde.

“Tenho inúmeros pacientes, de 40 a 50 anos, que são diabéticos e vivem uma vida normal. Não é uma condição que para a vida das pessoas. Você pode continuar. É preciso buscar viver bem com a condição, claro, sendo guiado pelas orientações dos médicos”, disse.

Por fim, ela fala que é preciso se desvincular da ideia de solidão após o diagnóstico, e indica o apoio encontrado em grupos como a Associação dos Diabéticos do Piauí (ADIP).

“O que não pode faltar é uma conversa inicial, normalmente uma consulta dobra o horário quando descoberto a doença. É preciso contar com a família, amigos, a ADIP, é uma alternativa porque o paciente estará envolto de outros semelhantes e poderá compartilhar sua vida. É uma condição que você não precisa estar a parte da sociedade”, concluiu.

 

Fonte: Portal CidadeVerde.
Confira esta e outras matérias na íntegra pelo link: https://cidadeverde.com/noticias/445465/serie-jornada-azul-tira-duvidas-e-combate-estigmas-sobre-o-diabetes

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