Vigilante é preso após esconder celular para filmar alunas no banheiro da UFMA

O vigilante Allyson Rangel Ribeiro Azevedo, de 32 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira (21), no município de Pinheiro, a 347 km de São Luís. Segundo a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), ele é suspeito de esconder um celular no banheiro feminino da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para filmar as alunas.

De acordo com o relato das estudantes, o aparelho estava dentro do lixeiro de uma das cabines do banheiro. Uma aluna percebeu o celular e achou a situação suspeita, alertando as colegas.

As jovens se reuniram para entender o que estava acontecendo. O vigilante, que não estava no banheiro naquele momento, apareceu logo depois, perguntou se estava tudo bem e ficou observando próximo à porta. Pouco tempo depois, um grupo de alunos do curso de Medicina se aproximou e as estudantes decidiram chamar a polícia imediatamente. A denúncia resultou na prisão do suspeito em flagrante.

Após o caso, alunas e colegas se reuniram em frente à Delegacia de Pinheiro em forma de protesto, pedindo justiça e segurança dentro da universidade.

O vigilante foi encaminhado à Delegacia Especial da Mulher (DEM) em Pinheiro, onde foi autuado por importunação sexual. O celular usado na tentativa de gravação foi apreendido e passará por perícia.

Segundo a polícia, o homem foi transferido para uma unidade prisional da região, onde permanecerá à disposição da Justiça. Em nota, a UFMA confirmou que o suspeito era um colaborador terceirizado e que as providências foram tomadas assim que o caso veio à tona.

A instituição destacou que a empresa responsável foi notificada e o vigilante afastado de suas funções, reforçando que as investigações estão sendo conduzidas pelos setores competentes.

UFMA promete rigor e apoio às vítimas

Na nota oficial, a Universidade Federal do Maranhão afirmou que adotou medidas imediatas para garantir uma apuração rigorosa dos fatos e prestar apoio às pessoas envolvidas.

“A empresa responsável foi notificada e o colaborador afastado de suas funções. As medidas legais e administrativas estão sendo adotadas, e todos os suportes necessários estão sendo prestados”, diz o comunicado.

A UFMA também reafirmou que o respeito e a dignidade são valores inegociáveis, e que não tolera qualquer tipo de assédio, discriminação ou violência em seu ambiente.

A instituição destacou ainda o trabalho da Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ações Afirmativas (DIDAAF-UFMA), responsável pelo Programa de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação dentro da universidade.