Boletim Focus prevê que Lula fechará mandato com menor inflação acumulada desde 1994, abaixo de 20%. Entenda o impacto e compare com governos anteriores
Inflação acumulada deve ser a menor desde o Plano Real | Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/PRProjeções do Boletim Focus divulgadas nesta segunda-feira (20.out.2025) indicam que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva fechará o atual mandato com 19,73% de inflação acumulada, o menor índice desde a implantação do Plano Real, em 1994. Caso confirmado, o número derrubará o recorde do próprio Lula, que havia registrado 22,21% no seu segundo mandato (2007–2010). O dado referente a inflação é de todo período de cada governo e não anual.
O levantamento reúne dados do IBGE e compara o desempenho inflacionário ao longo de seis gestões presidenciais. No primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995–1998), a inflação acumulada chegou a 43,44%, caindo para 39,87% no período seguinte. Entre 2003 e 2010, Lula reduziu o índice gradualmente: 28,20% no primeiro mandato e 22,21% no segundo, até então a menor marca desde a estabilização da moeda.

Inflação acumulada deve ser a menor desde o Plano Real
A sequência foi interrompida no governo Dilma Rousseff, que acumulou 27,03% entre 2011 e 2016, seguida por Michel Temer, que registrou 25,64% até 2018. Já no governo Jair Bolsonaro, a inflação voltou a subir, impulsionada por pandemia e choques internacionais, encerrando o mandato em 26,94%.
Nos dois primeiros anos do atual governo, a inflação anual ficou em 4,62% em 2023 e deve encerrar 2026 em torno de 4,27%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A trajetória atual indica que Lula deverá encerrar o mandato com a primeira inflação acumulada abaixo de 20% em um governo completo desde 1995 — um marco histórico para a política econômica brasileira.
