A Secretária de Estado da Saúde (Sesapi) anunciou na manhã desta quarta-feira (29) que nove casos do vírus H3N2 foram confirmados no Piauí. O H3N2 é uma cepa do vírus da gripe que está provocando surtos epidêmicos em vários estados brasileiros.
O superintendente de Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, disse que a Sesapi vai emitir uma alerta para todos os municípios sobre as variantes gripais que estão circulando no estado. Chamando atenção, principalmente, que idosos, gestantes e pessoas imunossuprimidos formam o público que requer maior atenção.
“Esse é um surto nacional e a tendência é que os casos devam crescer por conta da alta transmissibilidade. As medidas preventivas que servem para a Covid-19 também servem para essa síndrome gripal, como distanciamento social, uso de máscara, uso de álcool, além de evitar aglomerações”, recomendou.
Segundo a Sesapi, foram identificados 15 casos de síndrome gripal com resultado para Influenza A, sendo 10 casos (67%) do subtipo H3N2, quatro casos do Vírus Sincicial Respiratório-VSR (27%) e um caso de Rinovírus (0,6%). Ao todo, foram testadas 125 amostras de Swab no painel de vírus respiratórios.
Os dez casos de síndrome gripal por H3N2 identificados nesses últimos dias são de Monsenhor Gil, Piripiri, Teresina e Timon. O caso identificado como da vizinha cidade maranhense foi encaminhado para o município.
Do total de casos, são cinco pessoas do sexo masculino e cinco do sexo feminino, com faixas etárias que variam de 11 a 85 anos.
De acordo com o secretário de Saúde, Florentino Neto, somente é possível a identificação da cepa H3N2 por meio da avaliação do painel viral.
Os exames realizados no Piauí são feitos no Laboratório Central (Lacen), testando 12 tipos de vírus: Adenovirus, influenza A e B, Rinovirus, bocavirus, enterovirus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4b e vírus sincicial respiratório A e B. “O nosso laboratório de referência está equipado para atender a demanda”, destaca o secretário.
Segundo o gestor, a nova variante da Influenza, a H3N2, tem uma transmissibilidade alta. No entanto, a maioria dos casos apresentam sintomas leves, que podem ser tratados em casa, sem a necessidade de assistência médica.
A orientação, segundo ele, é para a população procurar as unidades de saúde apenas em casos que apresentem sintomas como falta de ar, indisposição, que impossibilite as atividades normais, além de vômitos e diarreia.
Fonte: cidadeverde