O cardeal norte-americano Robert Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo papa da Igreja Católica. Ele adotará o nome de Leão XIV e se torna o 267º pontífice da história, o primeiro nascido nos Estados Unidos a ocupar o cargo. O anúncio foi feito da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, diante de uma multidão estimada em mais de 20 mil pessoas.
A proclamação seguiu o rito tradicional da Igreja. Coube ao cardeal francês Dominique Mamberti declarar, em latim, a frase “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam” — “Anuncio-vos uma grande alegria: temos um papa”. Em seguida, Prevost apareceu pela primeira vez como pontífice para conceder a bênção “urbi et orbi” (“à cidade e ao mundo”).
Prevost foi eleito após quatro escrutínios realizados na Capela Sistina. A fumaça branca, sinal de que a escolha havia sido feita, surgiu da chaminé às 13h07 (horário de Brasília). Embora o número exato de votos não tenha sido divulgado, a eleição exige ao menos dois terços dos votos dos 133 cardeais presentes, o equivalente a 89 votos.
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o novo papa é conhecido por seu perfil pastoral e por atuar como um “moderado construtor de pontes”, segundo observadores do Vaticano. Prevost ganhou destaque durante o pontificado de Francisco, que o nomeou cardeal em 2014. Ele também foi responsável por cargos estratégicos na Cúria Romana, o corpo administrativo da Igreja.
O cargo estava vago desde a morte do papa Francisco, ocorrida em 21 de abril deste ano. Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro pontífice latino-americano e comandou a Igreja por mais de uma década, após a renúncia de Bento XVI, em 2013.
Durante a primeira aparição, Leão 14 saudou os fiéis com palavras de gratidão e pediu orações, repetindo gestos semelhantes aos de seus antecessores.
A escolha de um papa norte-americano marca um momento inédito na história da Igreja Católica, que passa a ser liderada por um pontífice oriundo de uma das nações com maior número de católicos fora da Europa.