A coleta domiciliar de informações para o Censo Demográfico 2022 começou na segunda-feira (1º) e deve durar três meses. Ao todo, 183 mil recenseadores estão nas ruas para visitar 89 milhões de endereços, nos 5.570 municípios brasileiros, e registrar as informações.
O trabalho é fundamental para que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) identifique e levante como vivem todos os residentes do Brasil. Isso é usado para nortear políticas públicas para a população.
Serão aplicados dois tipos de questionário:
– básico: com 26 perguntas, que levam cerca de 5 minutos para ser respondidas
– ampliado: com 77 perguntas, que levam 16 minutos para as respostas
Todo mundo vai responder o formulário básico, mas 11% dos domicílios brasileiros receberão questionamentos sobre mais assuntos. A amostra foi selecionada aleatoriamente em municípios com população grande, como as capitais, e equivale a 5% da população da cidade escolhida.
São 26 perguntas sobre identidade, características dos domicílios e rendimento do responsável pelo domicílio:
Por exemplo: quantos moram ali e quem são (sexo, idade, cor ou raça)? O domicílio possui coleta de lixo? Qual o tipo de esgotamento sanitário? É próprio ou alugado? Quantos cômodos, banheiros e dormitórios tem?
Há ainda uma pergunta sobre educação: se sabe ler ou escrever?
No ampliado, há perguntas mais específicas sobre educação, mercado de trabalho, migração, deficiências físicas, etc.
Por exemplo: está estudando? Qual o nível de escolaridade, quantos anos de estudo, qual o nível de ensino estudado? Tem mais de uma formação acadêmica?
Há também questões sobre mercado de trabalho para identificar se os moradores estão procurando emprego ou empregados. Se empregados, em que tipo de ocupação, quantas horas trabalhadas e qual o rendimento?
O Censo também vai questionar sobre deslocamento entre o domicílio e o trabalho, dados sobre fecundidade e migração.
Para cumprir sua função corretamente, os recenseadores devem aplicar o questionário de uma maneira técnica e objetiva, e não podem exercer qualquer outra atividade durante a coleta de dados.
“É proibido vender qualquer produto, fazer propaganda política ou perguntas que não cabem ou não constam no questionário do censo. Evidentemente que temos um povo muito cordial, mas os recenseadores têm um treinamento focado na objetividade da captação de dados’, afirma Martins.
Você pode optar por responder a pesquisa de três formas:
– diretamente a um dos recenseadores que visitam a sua casa
– por email
– numa ligação telefônica
Nas duas últimas opções, basta informar ao recenseador a sua escolha e fornecer a ele seu email ou telefone de contato.
No caso do email, o morador receberá um link com as perguntas, que podem ser respondidas em até sete dias
POR LUCIANA CAVALCANTE
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)