Funcionário matou a diretora Allane Pedrotti e a psicóloga Layse Pinheiro antes de tirar a própria vida; Delegacia de Homicídios investiga o caso.
Defesa Civil no Cefet, no Maracanã, Zona Norte do Rio | Foto: Felipe GrinbergO funcionário do Cefet do Maracanã, João Antônio Miranda Tello Gonçalves, que matou a diretora Allane Pedrotti e a psicóloga Layse Pinheiro na última sexta-feira (28), estava afastado há 60 dias por problemas psiquiátricos, segundo relatos feitos à Polícia Militar. Após os ataques, ele tirou a própria vida dentro da instituição. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Histórico dentro da instituição
João Antônio atuava há anos no Cefet e foi coordenador da Coordenadoria Pedagógica do Departamento de Ensino Médio e Técnico entre 2019 e 2020. De acordo com a PM, colegas afirmaram que ele manifestava desejo de retornar justamente ao setor em que Allane trabalhava, hoje responsável pela Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino (DIACE). Layse Costa Pinheiro atuava como psicóloga da instituição.
A Polícia Militar informou que a possibilidade de retorno ao setor pode ter sido um dos gatilhos do ataque, embora a motivação ainda não esteja oficialmente confirmada.
Ataque aconteceu em duas salas diferentes
Testemunhas relataram que João Antônio entrou primeiro na sala onde estava Allane e efetuou disparos à queima-roupa, atingindo-a na nuca e no ombro. Em seguida, foi até outra sala e disparou contra a psicóloga Layse, que foi atingida na cabeça e no abdômen.
Logo após os ataques, ele se dirigiu a uma terceira sala e tirou a própria vida. Policiais militares encontraram o agressor já morto, com uma pistola Glock .380, a arma usada no crime.

A diretora Allane Pedrotti e a psicóloga Layse Pinheiro foram mortas no Cefet. — Foto: Reprodução redes sociais
Logo após o ataque, equipes da Polícia Militar evacuaram todo o prédio do Cefet para realizar uma varredura e garantir que não havia outras ameaças. O Corpo de Bombeiros fez os primeiros atendimentos às duas vítimas, que foram levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiram aos ferimentos.
A ação de evacuação ocorreu em poucos minutos e foi necessária para isolar o local, recolher testemunhos e preservar elementos que ajudarão na investigação.
Investigação busca esclarecer motivação
A Delegacia de Homicídios da Capital abriu inquérito para apurar o caso. Os investigadores analisam o histórico funcional de João Antônio, o afastamento por problemas psiquiátricos e possíveis conflitos internos que possam ter contribuído para o crime.
A polícia também recolhe depoimentos de colegas de trabalho e reunirá documentos sobre o afastamento do agressor para tentar compreender o que desencadeou o ataque que chocou a comunidade acadêmica do Cefet.
